Kyoto, antiga capital imperial do Japão, foi o cenário escolhido pela Dior para revelar sua coleção Fall 2025, em um evento que combinou moda, espiritualidade e tradição. Com templos históricos, jardins zen e a beleza das cerejeiras como pano de fundo, a cidade ofereceu à maison um ambiente onde a estética milenar japonesa encontrou o luxo contemporâneo da alta-costura. Segundo a consultora de moda Adriana Verbicario, a escolha de Kyoto representa mais do que uma questão visual — é uma declaração de respeito à cultura e ao valor do artesanal.
A maison francesa mergulhou profundamente na atmosfera japonesa ao transformar seu desfile em uma experiência sensorial completa. O evento contou com uma programação exclusiva que incluiu hospedagem em hotéis de luxo e um jantar tradicional à beira do rio Kamo, ao som do shamisen e com pratos preparados ao vivo por mestres sushimans. Para Adriana Verbicario, “a Dior não apenas apresenta moda, mas constrói uma narrativa cultural imersiva que cativa pela autenticidade e sofisticação.”
A abertura intimista da programação refletiu o equilíbrio entre a elegância clássica da Dior e a filosofia japonesa do wabi-sabi, que valoriza a beleza na simplicidade e no imperfeito. Cada detalhe foi cuidadosamente orquestrado para evocar uma sensação de respeito e contemplação. Segundo Adriana Verbicario, essa sensibilidade torna o desfile mais do que um show de moda: “É uma performance cultural, um tributo à tradição e ao tempo”.
O evento também contou com a presença da atriz brasileira Isabelle Drummond, que se destacou entre os convidados internacionais com um look Dior impecável. Sua presença marcou a representação latino-americana no evento, reforçando a conexão da marca com o público brasileiro. Adriana Verbicario, que acompanha de perto os movimentos das maisons no Brasil, destaca: “A escolha de Isabelle representa o reconhecimento do mercado latino como influente e alinhado ao novo luxo global.”
A Dior tem se empenhado em dialogar com diferentes culturas e em atualizar sua imagem por meio de nomes que unem elegância, modernidade e relevância digital. A estratégia de incluir embaixadoras locais, como Isabelle, aproxima a maison de novos públicos, sem perder o prestígio de sua tradição. Para Adriana Verbicario, essa abordagem “torna o luxo mais inclusivo, sem diluir seu valor simbólico”.
Com a coleção Fall 2025 em Kyoto, a Dior reafirma sua habilidade em transformar desfiles em experiências culturais completas. Ao entrelaçar tradição e inovação, a maison mostra que a moda pode — e deve — ser uma ponte entre mundos distintos, sem abrir mão da excelência criativa.
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